Ei você!
Sim, você mesmo. O que está chorando, com o corpo caído no chão, pois a dor é
tão profunda que o impede de se manter em qualquer outra posição.
Isso,
você!
Não
pense que eu te abandonei, que eu não te ouvi. Que as tuas dores eu não senti.
Não penses
que a solidão lhe fez companhia para nunca mais sair.
Ei, eu
te amo filho. E saibas, que eu te ouvi. Saibas que todas as tuas lágrimas foram
trazidas até mim, e que as tuas preces eu recebi. Eu as guardei com carinho, e
ansiei pelo dia em que as realizaria.
Não
penses que não sou eu, o teu Deus, o teu Pai. Não duvides de mim e eu te peço,
por favor filho, não saia de onde eu te enviei. Aí é sua morada, e por mais que
seja temporária, a estadia nela é essencial para o seu lar celestial. Eu sei
que as coisas estão difíceis agora, mas prometo que em breve essa onda
turbulenta que está sobre a sua vida terá fim.
Os
dias difíceis darão lugar a dias repletos de amor e companheirismo. Os dias
cinzentos e tempestuosos darão lugar a dias ensolarados e refrescantes. Os dias
de dor e sofrimento serão substituídos por dias de cura.
Sei
que é difícil, mas não leve para o lado pessoal a falta de compromisso dos
outros para contigo. Sei que te falaram que sempre estariam aqui para você e
que quando precisou, eles aqui nem estavam. No desejo de se fazerem queridos,
muitos deles tendem a prometer coisas que não são capazes de realizar nem para
si mesmos. A constante necessidade que possuem de se fazerem queridos e afáveis
os torna mentirosos, pois prometem coisas que antes mesmo de prometerem sabem
que as palavras ditas serão inviáveis na prática. Por isso, te peço mais uma
vez, não os leve para o lado pessoal. E o que se fizer necessário tratar com
eles, eu tratarei.
Descansa
em mim. Confia em mim. Erga a sua cruz e continue. O pesado julgo que estava
sob você eu estou retirando e o substituindo por algo mais leve.
Isso!
Assim!
Levante
aos poucos, com cuidado. Viu, você consegue. Eu acredito em você e estou aqui
para o que precisar.